sexta-feira, 29 de julho de 2011

O tempo passa, o tempo voa....

Ah, como eu queria voltar a ser criança!

Voltar a não ter responsabilidades.

Voltar a um tempo onde a sua única obrigação era ir para a escola todos os dias (mas nem sempre) e passar de ano.

Um tempo onde era um crime não parar em frente a TV por volta das 17hs, ligar na Machete para assistir Jaspion e cia.

Um tempo onde não havia tantas crianças obesas porque ficavam praticamente o dia inteiro na rua brincando de pique bandeirinha, queimado, futebol (esfolando a cabeça do dedão do pé), mamãe da rua, elefantinho colorido, pique cola, menino pega menina (sem sentido pejorativo) e etc.

Um tempo onde não era nenhum problema voltar com o joelho ralado e cheio de sujeira (o único problema era na hora de tomar banho: ardia muito!).

Um tempo onde suas músicas favoritas eram Ilariê da Xuxa, Vem fazer Glu Glu do Sérgio Malandro, King Kong com o seu Kingonzinho do Atchim e Espirro, He-man do Trem da Alegria, entre outras.

Um tempo onde os jogos de video game se ganhava pontos pegando anel, moeda ou saquinhos de dinheiro, pulando obstáculos e matando monstros que prendiam princesas, animaizinhos etc. Não era preciso atropelar uma velha na rua para passar de fase.

Um tempo em que você não saía de casa sem carregar pelo menos um brinquedo.

Um tempo onde seus irmãos eram as pessoas mais implicantes do mundo (continuam sendo), e você vivia uma relação de amor e ódio com o seu melhor amigo.

Um tempo onde os seus heróis não eram americanos, e sim japoneses (Visor combate! - Espada olímpica!!).

Um tempo onde a maior rede social existente eram os seus vizinhos.

Um tempo onde você passava por baixo da roleta, fazia questão de sentar no banco alto e que os seus biscoitos prediletos eram Skiny e Fofy's.

Um tempo onde você usava Kichute, pintava a unha com Liquid Paper, tomava suco em garrafinhas de plástico no formato da fruta, usava lápis com a tabuada desenhada nele, tinha borracha com cheirinho, tomava sopinha de letrinhas mas nunca conseguia escrever o seu nome...

Um tempo onde tudo que parecia chato, hoje faz falta.

Um tempo que passou rápido demais e te dá a sensação de que não foi aproveitado da forma como deveria.

Esse tempo não volta mais, porque na verdade ele nunca se foi, sempre poderá ser revivido.